quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Estado não tomaria Alemão antes por falta de pessoal, admite Beltrame

Principal quartel-general da maior facção criminosa do Rio, o Complexo do Alemão tinha a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) prevista apenas para 2012, dentro de 14 ou 16 meses, segundo o planejamento da Secretaria de Segurança. O secretário José Mariano Beltrame reconheceu na terça-feira (30) que o Estado não dispunha de policiais em número suficiente para fazer a operação de tomada da área em segurança.

A onda de ataques de criminosos a veículos antecipou a invasão da área, e agora a implantação do tipo de policiamento deve acontecer no segundo semestre. Até lá, o terreno será ocupado por militares da Brigada de Infantaria Paraquedista, do Exército. A megaoperação só foi possível graças ao apoio das Forças Armadas – que incluiu o cerco do complexo feito por 800 soldados do Exército, o uso de veículos blindados da Marinha e de três helicópteros da Aeronáutica.

“[A tomada do Alemão] Não pôde ser feita antes por falta de efetivo. Você precisa planejar uma solução não só para o Alemão, mas para o Estado do Rio de Janeiro. Nesse planejamento, o Alemão estava lá para ser atendido. Mas o que preciso para fazer isso? Equipamento blindado e efetivo. Como trouxemos o Alemão para um cronograma mais à frente, quem preencheu as deficiências que ainda tínhamos foram as forças federais”, afirmou Beltrame.

O Rio tem déficit de policiais. Hoje são cerca de 38 mil PMs e 12 mil civis. Estima-se que a PM deveria ter 50 mil profissionais, e o Estado promete mais 7 mil homens no ano que vem.

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